Transtorno de personalidade borderline ou transtorno afetivo bipolar? Contribuições da Psicopatologia Fenomenológica para o diagnóstico diferencial

Autores

  • Giuliana Angeli Pieri
  • Gustavo Bonini Castellana

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v5i2.994

Palavras-chave:

Borderline, Diagnóstico, Diferencial, Psicopatologia, Fenomenológica.

Resumo

O diagnóstico de Transtorno de personalidade borderline (TPB) tem sido defendido por alguns autores como um continuum do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Entre esses autores, Akiskal afirma que tais quadros seriam manifestações sobrepostas de uma tendência comum à ciclotimia. Por outro lado, autores também contemporâneos, como Fuchs, Kimura, Stanghellini e Rosfort, de orientação fenomenológica, apoiam-se no estudo do “vivido” desses pacientes, para diferenciar os fenômenos dos sintomas listados. Conseguem, assim, demonstrar que a “depressão vazia” apresentada nos TPB é fenomenologicamente diferente da “depressão culpada”, característica dos melancólicos. O humor disfórico no TPB, por sua vez, diferencia-se da mania por sua força corporal primária, que fragmenta a estrutura intencional da corporeidade. A análise da temporalidade e identidade revela, ainda, que a divisão temporal do self e a fragmentação do self narrativo são as características essenciais do TPB. Esta exploração mostra, assim, como a psicopatologia fenomenológica contribui para o melhor diagnóstico clínico, dirimindo confusões oriundas dos critérios sintomatológicos atuais.

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Publicado

2016-10-17

Edição

Seção

Artigo