Uso de antidepressivos e queixas de libido
Uma visão fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.37067/rpfc.v13i2.1194Palavras-chave:
Psicofarmacologia, Fenomenologia, Psicopatologia Fenomenológica, Antidepressivos, Sexualidade, Compulsão SexualResumo
Este trabalho tem o objetivo de iluminar possíveis associações entre o estudo fenomenológico do campo da sexualidade e a psicofarmacologia, partindo da queixa da perda de libido entre os usuários de antidepressivos. Considera-se a Fenomenologia como método que visa a descrição dos fenômenos e, por meio dele, revelar como as categorias apriorísticas da experiência se estruturam para sua aparição. Pela Fenomenologia, é possível compreender de maneira alternativa o uso dos psicofármacos. Para além de considerar que antidepressivos atuam quimicamente na fisiopatologia da depressão, aponta-se como podem alterar as condições fundamentais da estrutura da existência, e suas relações de proporcionalidade. A sexualidade, vista como zona de acesso privilegiado ao ser, permite o vislumbre da existência, mas não se limita a isso, apresentando um conjunto de significações particulares. Neste sentido, para além de efeitos terapêuticos e colaterais, os antidepressivos podem alterar as vivências sexuais de determinada estrutura vivida por seu reproporcionamento.
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