A construção da maternidade na perspectiva fenômeno-estrutural

Autores

  • Raquel Jandozza Batista Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v13i2.1192

Palavras-chave:

Maternidade, Fenomeno-Estrutural, Vínculo Mãe-Bebê, Saúde Mental Materna

Resumo

Este artigo investiga a experiência da maternidade na perspectiva fenômeno-estrutural, enfatizando o impacto das pressões sociais e o processo de tornar-se mãe. Aborda-se a influência histórica e cultural que idealiza a maternidade e os desafios emocionais e psicológicos enfrentados durante a gestação, parto e puerpério, com foco na saúde mental da mulher, frequentemente negligenciada. A fusão psíquica inicial entre mãe e bebê é discutida, destacando a necessidade de adaptação às imaturidades estruturais do recém-nascido nas dimensões de temporalidade, espacialidade, corporeidade e interpessoalidade. O conceito de "self eclipsado" é introduzido para ilustrar como as exigências da maternidade podem obscurecer a identidade da mulher. Conclui-se pela importância de uma clínica psicológica sensível a essas questões, que forneça suporte tanto à mãe quanto ao bebê, reconhecendo a mulher como um sujeito integral, para além de sua função de cuidadora.

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Biografia do Autor

Raquel Jandozza Batista, Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural

Psicóloga pela UPM-SP, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-SP e em Psicopatologia Fenomenológica pela FCMSC-SP. Membro da Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural (SBPFE). Atuação clínica e de pesquisa nas áreas de saúde mental da mulher, perinatalidade e maternidade.

Contato: raqueljandozza@gmail.com

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Publicado

2024-11-12

Edição

Seção

Artigo original