A construção da maternidade na perspectiva fenômeno-estrutural
DOI:
https://doi.org/10.37067/rpfc.v13i2.1192Palavras-chave:
Maternidade, Fenomeno-Estrutural, Vínculo Mãe-Bebê, Saúde Mental MaternaResumo
Este artigo investiga a experiência da maternidade na perspectiva fenômeno-estrutural, enfatizando o impacto das pressões sociais e o processo de tornar-se mãe. Aborda-se a influência histórica e cultural que idealiza a maternidade e os desafios emocionais e psicológicos enfrentados durante a gestação, parto e puerpério, com foco na saúde mental da mulher, frequentemente negligenciada. A fusão psíquica inicial entre mãe e bebê é discutida, destacando a necessidade de adaptação às imaturidades estruturais do recém-nascido nas dimensões de temporalidade, espacialidade, corporeidade e interpessoalidade. O conceito de "self eclipsado" é introduzido para ilustrar como as exigências da maternidade podem obscurecer a identidade da mulher. Conclui-se pela importância de uma clínica psicológica sensível a essas questões, que forneça suporte tanto à mãe quanto ao bebê, reconhecendo a mulher como um sujeito integral, para além de sua função de cuidadora.
Downloads
Métricas
Referências
Ariès, P. (1981). História social da criança e da família. Zahar.
Badinter, E. (1985). Um amor conquistado: O mito do amor materno. Nova Fronteira.
Bowlby, J. (2020). Cuidados maternos e saúde mental (V. L. B. Souza & I. Rizzini, Trads, 6ª ed.). WWF Martins Fontes.
Bortoletti, F. F. (2007). Maternidade e ambivalência: A regressão materna e seus desdobramentos patológicos. Revista de Psicologia da UNESP, 6(1), 45-58.
Brockington, I. (2011). Maternal rejection of the young child: Present status of the clinical syndrome. Psychopathology, 44 (5), 329-336.
Ceron-Litvoc, D. (2017). Uma proposta fenômeno-estrutural para o desenvolvimento humano de 0 a 24 meses. (Tese de doutorado, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo).
Cronemberger, A. (2019). As novas faces da maternidade: Pressões sociais e dilemas contemporâneos. Editora Contemporânea.
Fonseca, F. L. S. (2017). A constituição do mundo e de si-próprio no enlace existencial mãe-bebê. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, 23(3), 326-333.
Galletta, M., & Zugaib, M. (2010). Saúde mental na gestação: Foco na mãe ou no feto? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 32(2), 102-109.
Maldonado, M. T. (2017). Maternidade e idealizações culturais: Um estudo sobre o papel materno. Editora Psiqué.
Maldonado, T., & Canella, P. R. (2003). Parto e medo: A experiência do nascimento. Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, 3(4), 225-231.
Maldonado, T. (2017). Psicologia da gravidez: Gestando pessoas para uma sociedade melhor. Ideias & Letras.
Rennó Júnior, J. (2008). A mulher no mercado de trabalho: Desafios contemporâneos e impacto na maternidade. Revista Brasileira de Psicologia, 13(2), 88-97.
Saldan, L., Saldiva, S., Pina, P., & Mello, A. (2015). Amamentação e os desafios contemporâneos: A importância do suporte profissional. Revista de Nutrição Materna, 20(3), 58-65.
Vieira, L. A. (2006). A saúde mental na gestação: Um olhar crítico sobre o pré-natal moderno. Psicologia e Saúde, 15(1), 15-27.
Winnicott, D. W. (2006). O recém-nascido e sua mãe. In D. W. Winnicott, Os bebês e suas mães (J. L. Camargo, Trad., 3ª ed., pp. 30-42). Martins Fontes.
World Health Organization. (2021). Indicators for assessing infant and young child feeding practices: Definitions and measurement methods. World Health Organization and the United Nations Children’s Fund (UNICEF).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Raquel Jandozza Batista

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.