Clínica existencialista do comportamento suicida
dos aspectos constitutivos ao dilema ético no luto familiar
DOI:
https://doi.org/10.37067/rpfc.v13i1.1149Palavras-chave:
Psicologia existencialista, Suicídio, Contemporaneidade, Tecnologia, Luto Familiar, Luto familiar, Metodologia sartrianaResumo
O texto discute o suicídio a partir da psicologia existencialista. Parte da ontofenomenologia e aponta a abordagem biográfica (psicanálise existencial) e o método progressivo-regressivo para o manejo clínico do luto familiar. A interlocução entre a psicologia existencialista e as discussões sobre a contemporaneidade propostas por Bauman e Byung-Chul Han, aponta aqui o suicídio como um fenômeno epidêmico e de positividade face a condição humana que é negatividade pura, configurando-o como um fracasso do projeto de ser. A tecnologia, paradigma atual da relação com o outro, revela uma tentativa de negação da alteridade, característica do comportamento suicida. O manejo clínico junto aos sobreviventes de um evento suicida deve alcançar dimensões como a prevenção e a “posvenção”? O luto, vivido como dimensão comunitária, é acompanhado de certo impacto de silenciamento. A metodologia sartriana é destacada como possibilidade para a intervenção clínica diante do fenômeno.
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