Gilberto: entre a angústia por depressão e a potência para viver
reflexões gestálticas e fenomenológicas
DOI:
https://doi.org/10.37067/rpfc.v13i1.1146Palavras-chave:
Estudo de caso, Psicoterapia gestáltica, Psicopatologia fenomenológicaResumo
Estudo de caso oriundo de atendimento em psicoterapia de base gestáltica a um homem com 25 anos, entre setembro de 2022 e junho de 2023, em que a queixa inicial foi ideação suicida, associada, ao longo do desenvolvimento das sessões, com inconstância nas relações com as mulheres, distanciamento afetivo da família e dificuldade para estudar, sentimentos de menos valia e conflito familiar como origem do sofrimento psíquico. Também estabelecemos diálogo com a filosofia do cuidado, e com a psicopatologia fenomenológica de Van Den Berg. O objetivo geral foi comunicar a reflexão acerca da complexidade do atendimento de Gilberto, com diagnóstico psiquiátrico de depressão crônica, com ideação suicida; e, o específico foi clarificar as fontes dos ajustamentos neuróticos. Usamos a escuta ativa, empatia, formação de vínculos; frustração habilidosa, por meio de experimentos baseados na situação existencial. Entre os resultados o cliente foi assíduo, pontual, interessado e disponível a psicoterapia. A complexidade dos sintomas demandou acompanhamento psiquiátrico, sendo inserido medicamento. Conclui-se que, embora aderindo ao tratamento, com aumento do vínculo psicoterapêutico, há uma lenta conscientização do cliente da percepção de suas necessidades pessoais para viver sem confluências, o que requer intensificar a psicoterapia e a sensibilização dos pais para a origem do sofrimento de Gilberto.
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