Um olhar diferente para a mesma palavra

o sofrimento existencial de Laura e a terapia fenomenológica existencial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v12i3.1136

Palavras-chave:

Sofrimento, Existência, Clínica, Fenomenologia-existencial

Resumo

O presente artigo procura trazer uma compreensão de um caso clínico, à luz da ontologia existencial do filósofo Martin Heidegger (1889-1976) e a sua analítica do Dasein, denominada daseinsanalítica. Esse pensamento é trazido pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Medard Boss (1903-1990), para embasar sua maneira de abordar o fenômeno patológico em sua atividade clínica. Com a aliança entre os pensamentos de Heidegger e Boss, traremos a compreensão do modo de ser impróprio em Heidegger, o qual vem a ser o modo primário do Dasein, que, apesar de condicionante, também é possibilitador de transformação. Também traremos aspectos gerais de um caso, baseados em uma experiência clínica, iniciada com a chegada da paciente à terapia, após vivenciar uma situação limite (separação conjugal), além do esclarecimento de algumas dimensões da sua experiência, a partir da perspectiva de Boss, sobre como realiza seu existir e sobre a noção de restrição (ou privação).

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Biografia do Autor

Rosane de Miranda Muniz, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Mestranda em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), especialista em Psicologia Fenomenológica e Hermenêutica pelo Instituto Dasein/SP e em Saúde Mental pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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Publicado

2023-12-20

Edição

Seção

Artigo original